"Paixão Azul e Branca": Um sábado diferente

Sebastião Neto
"Sou Pontasul. Sou 100% Ponta Grossa!"

Antes de começar a primeira coluna “Paixão Azul e Branca” aqui no blog, cabem algumas explicações importantes. Primeiro dizer que a coluna não será apenas de assuntos da Pontasul: como disse na postagem anterior, azul e branco são as cores de Ponta Grossa, então podemos comentar sobre outros assuntos do esporte na cidade. Depois falar que não necessariamente eu é que vou escrever sempre, porque além de convidar alguns colegas para usarem o espaço, vou deixar sempre a disposição para aqueles que quiserem falar aqui na coluna. E por último, espero que gostem dos textos, e se não gostarem podem criticar também, o que interessa é que nas quartas-feiras tenhamos um compromisso de exercitar a “Paixão Azul e Branca”!

"Foi um jogo para ser esquecido pela Pontasul”. A frase não é minha, e sim do colega de imprensa BenHur Chiconato em seu programa Cia. Do Esporte, na TV Vila Velha. Ao olhar o placar final de 8 a 3 para o Pitanga, dois jogadores expulsos e sob risco de punições maiores pela Federação Paranaense de Futsal, além de uma equipe que não se encontrou nos 40 minutos de jogo, você dá plena razão a frase. De primeira, fui mais um a concordar com ela, mas depois de algum tempo vi que não vamos poder apagar da memória tão cedo este jogo, porque independente de bom ou ruim, foi um sábado diferente para a Pontasul.

Pela primeira vez desde que assisto a Pontasul, vimos um bom público no Ginásio Zukão, muito além das “80 pessoas que nos acompanham”, frase do nosso técnico China. Parece que aos poucos vamos vencendo uma disputa diária para mostrar ao torcedor de Ponta Grossa a humildade e a seriedade deste clube. E espero que a derrota não mude muita coisa, porque a classificação está longe de ser um bicho de sete cabeças. O azul e branco da Pontasul ficou ainda mais bonito na nova camisa, que representa de forma figurada o novo momento que este time vive, depois de muito tempo trabalhando sob o olhar desconfiado e indiferente de alguns (não que isso deixe de acontecer hoje).

Vamos ao jogo. Pitanga foi audacioso, pressionou a Pontasul em pleno Zukão e deixou os princesinos sem saber o que fazer. O manual de como se dar bem fora de casa não contemplava este capítulo, e pegou todos nós de surpresa. Mesmo assim, o começo dava pinta de um jogo equilibrado e com um relativo controle da Pontasul, tanto que quem abriu o placar foi Beto, mais uma vez o cara do jogo a favor do time de Ponta Grossa. De repente, embarcamos num longo sono. Ao acordar, cinco a um pra eles, ficou complicado demais. Aí aconteceu o que não podia acontecer, a expulsão de Willian e Wellington. Num lance só, vimos a Pontasul ficar em três homens na quadra e a bola de cristal (ou melhor, a moda agora é Polvo Paul) nos diz que temos poucas opções de reposição não só para o jogo contra o Araucária, mas para o restante do torneio, caso venha a malfadada punição da FPFS.

Ao olhar o placar apontando 8 a 3 Pitanga, o clima misturava raiva e desolação. Naquele momento, não se tinha mais o que fazer. Passou, vai fazer o que? Mas a grande tristeza começa a diminuir quando se olha a vontade do grupo na parte final do jogo: a vitória já não dava, mas ninguém deixou de correr e vimos Coxinha chutar no ângulo, e o juizão nos dizer que foi na trave. Mas nem dá pra reclamar. Depois disso, tivemos a grata surpresa de ver a matéria nossa na capa do www.futsalpr.com.br por um dia (pra você que lê este texto pode não ser muito, mas pra Pontasul é) e o número de órgãos de imprensa a divulgar nosso material aumentar significativamente. Resumindo, não podemos esqueçer este sábado, porque nele misturamos orgulho com tristeza, alegria com nervosismo, e temos muitas lições a tirar. Ou seja, foi um sábado diferente.

Saudações em azul e branco e até quarta que vem!